quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Desabafo

O rio de janeiro está um inferno.

Ontem fui à rua almoçar no horário que o meu trabalho permite, e, pelo calor em que me encontrei, o prato do dia deveria ser carne humana!

Andando até o restaurante à todo momento eu olhava em várias direções temendo que, a qualquer instante, uma fenda abrisse no chão e dalí o inferno brotasse para completar o calor já característico...

Sinceramente, o meu bronzeado causado pela radiação do tubo de imagem do meu pc (sim, ainda uso CRT), me dá propriedade para afirmar que não posso, de forma alguma, acreditar que fui concebido, projetado, para suportar esse tipo de temperatura. Pessoas feitas para esse tipo de clima deveriam ser feitas de amianto!
...

Fica aqui o meu desabafo, desabafo esse, que eu gostaria que fosse da nossa linda cidade/estufa litorânea maravilhosa,
que quando não está quente como o inferno,
está chuvosa

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sociedade secreta?

Tenho trabalhado feito um cão esquimó, por isso estou sem postar há algum tempo.
Vai isso aqui que escreví tempos atrás...


Muito se fala sobre as irmandades de conteúdo secreto como Maçonaria, ordem de rosa cruz, e outras ordens teosóficas ou não. Aqui escreví sobre uma ordem não tão secreta, mas muito mais poderosa e com infinidade de adeptos em todo o brasil: A Poderosa e Nebulosa Ordem de Souza Cruz. Ela é uma ordem com adeptos assumidos que não precisam fazer encontros em subsolos nem em sedes próprias, apesar de, atualmente, a opinião pública ir contra os praticantes realizarem suas liturgias em locais públicos, principalmente nos fechados. Não é uma ordem secreta, os adeptos não se escondem nem negam participar, apenas alguns menores de idade, que legalmente não deveriam participar, acabam por esconder dos seus genitores o seu contato com a ordem. Toda irmandade que se preze, garante algum tipo de vantagem em relação a não participar. Ou é prometida paz, ou a união da irmandade pelo bem comum, etc. Nessa irmandade, a ideologia é muito mais individualista, tão individualista a ponto de interferir negativamente nas pessoas que estão próximas do praticante. Nada mortal a curto prazo. Os acólitos dessa liturgia recebem uma graça que nenhuma outra irmandade ou sociedade secreta oferece, é um prazer único, que atua psicologicamente e quimicamente no interior do indivíduo, dando uma sensação de prazer que só quem é praticante pode descrever. Mas nem tudo são flores. A dedicação aos encontros diários, que acabam se tornando mais frequentes, causa danos irreversíveis à saúde do indivíduo que se doa à essa ordem. Algumas pessoas,e dentre algumas delas, são as chamadas "usuários", que encontram a mesma graça dos membros da Ordem de Souza Cruz participando de liturgias marginais, liturgias essas, que não geram a graça da receita e taxação fiscal do governo, que é o bem coletivo da Ordem de Souza Cruz.

domingo, 30 de novembro de 2008

Frêmito: A cousa em si.


Volta e meia perguntam-me por que minha banda é tão tosca. Eu, claro, do alto da minha esforçada e esporádica sinceridade assumo: Frêmito é tosca. E explico: Mas isso não acontece por estar seguindo um algum tipo de conceito ou vertente ou por completa falta de habilidade e aprumo.

Eu simplesmente gravo e, apesar de utilizar um bom programa (Sonar 4) não utilizo mais de 2 funções além do "rec". Se é por falta de tempo para aprender as manhas e técnicas de gravação ou se é para manter um compromisso de gravar simplesmente o que eu posso tocar, sem maquiagens de equalização, produção e masterização. Quase todas as minhas músicas lançadas no Jamendo foram gravadas em uma tomada apenas, sem dubs e remendos. Sai perdendo o possível ouvinte que atura ruídos, erros e inclusive certas desafinações.

Em contrapartida, eu me sinto muito bem ao não mascarar minha humanidade e falta de habilidade guitarrística. Fidedignidade sonora e sinceridade, pelo menos, comigo mesmo. Acho que se não é um bom começo para minha músicalidade, pode ser um fim decente... para este post.

sábado, 22 de novembro de 2008

8-beat!

  

Todo o conhecimento do mundo numa casca de noz.

A tentativa de abrigar em uma só instituição todo o conhecimento de uma sociedade vem de épocas remotas, como a famosa biblioteca de Alexandria.

Com a tecnologia atual, computadores, internet, bancos de dados e ferramentas de busca, essa tecnoutopia cultural se torna quase possível.
A biblioteca digital Europeana, com conteúdos inteiros de livros raros e antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, manuscritos, mapas, tem como objetivo tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente. Velha ambição...

Os idealizadores do projeto previam cerca de cinco milhões de consultas diárias.

A Europeana foi fechada 24 horas após seu lançamento, pois foi saturada por consultas demais, muito acima do estimado.

Será que isso siginifica que finalmente chegamos à tão idealizada sociedade da informação, regida pela simbiose da capacidade individual de internalizar informação e na existência de bancos de informação acessíveis à todos?

Indivíduos em busca de informação, rumando em direção ao conhecimento?

Ou simplesmente foi um caso de muito gente correndo atrás de mais uma novidade nessa internet que a cada dia se assemelha mais à televisão?

Nos tempos da biblioteca de Alexandria, pelo menos, não havia tanta gente capacitada para leitura como existe hoje em dia, fato que, com certeza, deveria diminuir a consulta à biblioteca, ehehehe.


Ode on a Distant Prospect of Eton College

"Yet ah! why should they know their fate?
Since sorrow never comes too late,
And happiness too swiftly flies.
Thought would destroy their paradise.
No more; where ignorance is bliss,
'Tis folly to be wise."

Thomas Gray

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Volatilidade do conteúdo internético

Um dia você encontra no website de alguém um artigo, conto, qualquer coisa, que lhe é interessante, entretanto, por estar sem tempo deixa para ver em outro dia... Quando esse "outro dia" chega, você não encontra mais o texto desejado.

...

"Um estudo feito pelo norte-americano Jonathan Wren, do Centro
Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma,
mostrou que grande parte dos artigos publicados na Internet
acaba em um limbo digital e os endereços onde deveriam estar
retornam apenas as infames mensagens de
"página não encontrada" no programa de navegação.

Após longa análise, Wren descobriu que, por exemplo, quase
um quinto de todos os endereços mencionados na última década
em resumos da Medline, um serviço do governo norte-americano
extremamente popular entre a comunidade científica, simplesmente
desapareceu. Segundo a revista /Nature/, Wren decidiu investigar
o problema depois que encontrou um endereço não existente mencionado
na Medline para um dos artigos que escreveu.

Outro cientista preocupado com o problema é Robert Dellavalle, da
Faculdade de Dermatologia da Universidade do Colorado que,
em outra pesquisa, verificou que cerca de 12% dos endereços de
Internet mencionados nos importantes periódicos /The New England
Journal of Medicine/, /The Journal of the American Medical
Association/ e /Science/ sumiram apenas dois anos após a publicação.

Dellavalle sugere o desenvolvimento de sistemas aprimorados de
catalogação eletrônica, pois considera inadequada a resposta das
editoras ao problema. "Os periódicos não estão fazendo coisa
alguma para amenizar a situação. É impressionante o que tem
desaparecido. Até mesmo um artigo que escrevi sobre preservação
digital não se encontra mais onde deveria estar", disse à Nature.

O pesquisador da Universidade do Colorado acredita que, se os
responsáveis pelas publicações solicitassem aos autores
o envio das referências do artigo ao *_Archive.org_*
, um projeto da Biblioteca do Congresso
dos Estados Unidos, além de manter cópias escritas do trabalho,
o problema poderia diminuir. Pelo menos um periódico, o
PLoS Biology está pedindo aos autores para usarem o Internet Archive."

retirado de: http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2004-April/000031.html

Texto original em: http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI294085-EI553,00.html

domingo, 19 de outubro de 2008

Desabafo: Arquivista e tecnologia

As vezes eu me espanto com aqueles "arquivistas das antigas" que não gostam de softwares de GED, ou que, quando gostam, imprimem todo seu conteúdo e guardam como "ferramenta de busca em caso de pane".

Me espanto ainda mais quando me deparo com a seguinte situação:
Uma instituição tem um arquivo que utiliza um software de GED. Decide-se então muda-lo (vide post anterior para descobrir o motivo). Somada à toda chatice da etapa da migração vem aquela frase do sujeito de TI que está a implantar o novo programa: - Olha, algumas coisas irão mudar.

Quando o pobre arquivista inicia o uso do novo software, descobre que tudo está mais difícil e burocratico, ou seja, tudo mudou para pior.
A empresa toma a decisão, investe uma boa quantia em dinheiro, porque software só é "soft" no nome, implanta um novo programa de gerenciamento digital de documentos, e agrada a... ninguém...

Esses softwares ultra-poderosos vem "montados" em bases oracle ultra pesadas e complexas. Uma tendência, é complicar tudo. Para se alimentar o banco de dados, passa-se a ter infinitas etapas, incluíndo um pacto de sangue com a máquina, fazendo com que um trabalho que antes necessitava de nem meia dúzia de cliques e alguns segundos, ficar demorado e trabalhoso. As ferramentas de busca também tem a tendência de ficaram mais complicadas. As "simple search" ou "busca básica" normalmente tornam-se inúteis e as "advanced search" "busca avançada" "busca filtrada", ficam inundadas de opções dispostas de maneira caótica na tela, onde a funcionalidade foi a última preocupação...

A cada dia eu vejo que ficamos mais oprimidos pela tecnologia e suas constantes novidades.
Quando vão aprender que tecnologia é meio para deixar as coisas mais simples, não um fim?

Tsc

Luddite? Me?

Tsssss