domingo, 30 de novembro de 2008

Frêmito: A cousa em si.


Volta e meia perguntam-me por que minha banda é tão tosca. Eu, claro, do alto da minha esforçada e esporádica sinceridade assumo: Frêmito é tosca. E explico: Mas isso não acontece por estar seguindo um algum tipo de conceito ou vertente ou por completa falta de habilidade e aprumo.

Eu simplesmente gravo e, apesar de utilizar um bom programa (Sonar 4) não utilizo mais de 2 funções além do "rec". Se é por falta de tempo para aprender as manhas e técnicas de gravação ou se é para manter um compromisso de gravar simplesmente o que eu posso tocar, sem maquiagens de equalização, produção e masterização. Quase todas as minhas músicas lançadas no Jamendo foram gravadas em uma tomada apenas, sem dubs e remendos. Sai perdendo o possível ouvinte que atura ruídos, erros e inclusive certas desafinações.

Em contrapartida, eu me sinto muito bem ao não mascarar minha humanidade e falta de habilidade guitarrística. Fidedignidade sonora e sinceridade, pelo menos, comigo mesmo. Acho que se não é um bom começo para minha músicalidade, pode ser um fim decente... para este post.

sábado, 22 de novembro de 2008

8-beat!

  

Todo o conhecimento do mundo numa casca de noz.

A tentativa de abrigar em uma só instituição todo o conhecimento de uma sociedade vem de épocas remotas, como a famosa biblioteca de Alexandria.

Com a tecnologia atual, computadores, internet, bancos de dados e ferramentas de busca, essa tecnoutopia cultural se torna quase possível.
A biblioteca digital Europeana, com conteúdos inteiros de livros raros e antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, manuscritos, mapas, tem como objetivo tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente. Velha ambição...

Os idealizadores do projeto previam cerca de cinco milhões de consultas diárias.

A Europeana foi fechada 24 horas após seu lançamento, pois foi saturada por consultas demais, muito acima do estimado.

Será que isso siginifica que finalmente chegamos à tão idealizada sociedade da informação, regida pela simbiose da capacidade individual de internalizar informação e na existência de bancos de informação acessíveis à todos?

Indivíduos em busca de informação, rumando em direção ao conhecimento?

Ou simplesmente foi um caso de muito gente correndo atrás de mais uma novidade nessa internet que a cada dia se assemelha mais à televisão?

Nos tempos da biblioteca de Alexandria, pelo menos, não havia tanta gente capacitada para leitura como existe hoje em dia, fato que, com certeza, deveria diminuir a consulta à biblioteca, ehehehe.


Ode on a Distant Prospect of Eton College

"Yet ah! why should they know their fate?
Since sorrow never comes too late,
And happiness too swiftly flies.
Thought would destroy their paradise.
No more; where ignorance is bliss,
'Tis folly to be wise."

Thomas Gray

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Volatilidade do conteúdo internético

Um dia você encontra no website de alguém um artigo, conto, qualquer coisa, que lhe é interessante, entretanto, por estar sem tempo deixa para ver em outro dia... Quando esse "outro dia" chega, você não encontra mais o texto desejado.

...

"Um estudo feito pelo norte-americano Jonathan Wren, do Centro
Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma,
mostrou que grande parte dos artigos publicados na Internet
acaba em um limbo digital e os endereços onde deveriam estar
retornam apenas as infames mensagens de
"página não encontrada" no programa de navegação.

Após longa análise, Wren descobriu que, por exemplo, quase
um quinto de todos os endereços mencionados na última década
em resumos da Medline, um serviço do governo norte-americano
extremamente popular entre a comunidade científica, simplesmente
desapareceu. Segundo a revista /Nature/, Wren decidiu investigar
o problema depois que encontrou um endereço não existente mencionado
na Medline para um dos artigos que escreveu.

Outro cientista preocupado com o problema é Robert Dellavalle, da
Faculdade de Dermatologia da Universidade do Colorado que,
em outra pesquisa, verificou que cerca de 12% dos endereços de
Internet mencionados nos importantes periódicos /The New England
Journal of Medicine/, /The Journal of the American Medical
Association/ e /Science/ sumiram apenas dois anos após a publicação.

Dellavalle sugere o desenvolvimento de sistemas aprimorados de
catalogação eletrônica, pois considera inadequada a resposta das
editoras ao problema. "Os periódicos não estão fazendo coisa
alguma para amenizar a situação. É impressionante o que tem
desaparecido. Até mesmo um artigo que escrevi sobre preservação
digital não se encontra mais onde deveria estar", disse à Nature.

O pesquisador da Universidade do Colorado acredita que, se os
responsáveis pelas publicações solicitassem aos autores
o envio das referências do artigo ao *_Archive.org_*
, um projeto da Biblioteca do Congresso
dos Estados Unidos, além de manter cópias escritas do trabalho,
o problema poderia diminuir. Pelo menos um periódico, o
PLoS Biology está pedindo aos autores para usarem o Internet Archive."

retirado de: http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2004-April/000031.html

Texto original em: http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI294085-EI553,00.html

domingo, 19 de outubro de 2008

Desabafo: Arquivista e tecnologia

As vezes eu me espanto com aqueles "arquivistas das antigas" que não gostam de softwares de GED, ou que, quando gostam, imprimem todo seu conteúdo e guardam como "ferramenta de busca em caso de pane".

Me espanto ainda mais quando me deparo com a seguinte situação:
Uma instituição tem um arquivo que utiliza um software de GED. Decide-se então muda-lo (vide post anterior para descobrir o motivo). Somada à toda chatice da etapa da migração vem aquela frase do sujeito de TI que está a implantar o novo programa: - Olha, algumas coisas irão mudar.

Quando o pobre arquivista inicia o uso do novo software, descobre que tudo está mais difícil e burocratico, ou seja, tudo mudou para pior.
A empresa toma a decisão, investe uma boa quantia em dinheiro, porque software só é "soft" no nome, implanta um novo programa de gerenciamento digital de documentos, e agrada a... ninguém...

Esses softwares ultra-poderosos vem "montados" em bases oracle ultra pesadas e complexas. Uma tendência, é complicar tudo. Para se alimentar o banco de dados, passa-se a ter infinitas etapas, incluíndo um pacto de sangue com a máquina, fazendo com que um trabalho que antes necessitava de nem meia dúzia de cliques e alguns segundos, ficar demorado e trabalhoso. As ferramentas de busca também tem a tendência de ficaram mais complicadas. As "simple search" ou "busca básica" normalmente tornam-se inúteis e as "advanced search" "busca avançada" "busca filtrada", ficam inundadas de opções dispostas de maneira caótica na tela, onde a funcionalidade foi a última preocupação...

A cada dia eu vejo que ficamos mais oprimidos pela tecnologia e suas constantes novidades.
Quando vão aprender que tecnologia é meio para deixar as coisas mais simples, não um fim?

Tsc

Luddite? Me?

Tsssss

Tropicalização e políticas corporativas

No início da década de noventa, com a abertura do mercado para importações, começaram a desembarcar aqui carros de toda parte do mundo. Esses carros que vinham, por exemplo, da Europa, passavam por um processo chamado de "tropicalização" para poderem rodar aqui (quase) tão bem quanto no país de origem. Essa alteração era (e é) necessária por conta da diferença do combustível, cultura (brasileiro adora "câmbio curto"), estado das vias...

Políticas corporativas.

Não sou contra políticas de trabalho de qualquer tipo, porém... Pense numa grande empresa norte-americana instalada cá em nossa terra. Essa empresa traz consigo toda uma cultura que inclui procedimentos, como códigos de ética e etiqueta em ambiente de trabalho e suas políticas corporativas globais. Essas últimas são o alvo desse post. Para quem não leu nada desse blog, eu sou um arquivista, pior, um estagiário arquivista. Na minha área, procedimentos gerais do tipo: "Em todos os arquivos da empresa em todo o mundo" normalmente causam sérios problemas, pois nenhuma arquivo é igual a outro (citando o "Manual dos Arquivistas Holandeses" -(...) cada arquivo reclama o seu próprio arranjo(...)") e, principalmente, os países possuem leis e culturas muito peculiares.
As políticas corporativas de uma empresa global normalmente partem de sua sede, que, quase com certeza, não é no Brasil. Por serem corporativas, essas políticas não podem ser desprezadas ou desrespeitadas de maneira alguma com risco de penas altas. E, por parca experiência própria, elas não costumam ser alteradas, resultando em belos carros europeus engasgados com nossa gasolina e sofrendo com as irregularidades das vias...

TROPICALIZAÇÃO JÁ!

sábado, 18 de outubro de 2008

Frêmito #2

O segundo da album da minha banda inimaginável.
Tosqueira pura!

  

domingo, 28 de setembro de 2008

Clipe tosco no youtube - Aguente


http://br.youtube.com/watch?v=S2WlMztgKa8















Parabéns, você acabou de perder um minuto e vinte e nove segundos da sua vida!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Etiqueta que não vem em roupa

Nunca liguei muito para etiqueta nas roupas nem à mesa, na realidade, em lugar algum. Sempre pensei que a melhor educação é a descomplicada, direta e sincera, ou seja, errada. Para mim sempre foi secreto o código secreto dos talheres no prato, que dependendo da combinação e posição, podem significar desde a satisfação em comer, uma promessa de casamento ou ameaça terrorista, só para citar alguns. Manobras estéticas com talheres são um perigo semântico.
...
Aconteceu outro dia no lugar onde estagio, algo bizarro com relação à normas de etiqueta que me motivou a escrever esse post. Faço estágio numa empresa que tem muitos "gringos" trabalhando e a maioria deles domina muito mal a nossa língua e, principalmente, nossa cultura. Um colega de trabalho foi almoçar na copa, que é numa parte bem acessível do andar, quando passou por ele um dos meus chefes (sou estagiário, só tenho chefes) que é (lusitanicamente falando) estadunidense. Esse colega estava desembrulhando a comida que acabara de chegar, e, por norma de etiqueta, ao ver o gringo passando soltou: "Tá servido?"
O norte-americado, não entendeu muito bem o porquê de alguém estar oferecendo comida, mas foi lá conferir o prato e aceitou!
...
Não sabia ele que o primor da educação tupiniquim é oferecer a comida esperando recusa. Esperando não, estando certo disso! Costume estranho e inútil, diga-se de passagem, o azar do cara que trabalha comigo, que teve que explicar, completamente sem jeito, que o certo é negar quando oferecem comida...

Pronto, agora o gringo deve achar que descobriu a causa da fome no brasil! Tsc.
...
...

domingo, 21 de setembro de 2008

Livros de auto ajuda

Caramba! A cada dia eu vejo, seja em "busdoors" ou portas de livrarias, mais e mais livros de auto-ajuda. Tudo bem, estamos na "era da informação", mas bem me parece que estamos na era dos desesperados, que buscam na "dona informação" a resposta para coisas ligadas à aspectos cognitivos da relação a dois ou de qual planeta vêm os homens e as mulheres, sejam estes seres bi ou mono sexuais.
O que é informação não vem exatamente ao caso nesse post, afinal de contas, você deve ter alguma idéia do que vem a ser "informação", mesmo que essa sua definição não seja a "oficial". Já se você não tiver a mínima idéia do que é informação... Bom, isso te fez alguma falta até hoje? Se não fez, é porque você não precisa saber... Isso acontece com um monte de coisas que lemos e aprendemos, depois desaprendemos, como a física da escola, que, quando nós esquecemos, é de forma natural e orgânica, pois o que não usamos cai em esquecimento... Para que ocupar nosso HD com coisas que não precisamos?..
...
Não que os livros de auto-ajuda não contenham informação ou que "aspectos cognitivos da relação a dois" não possam ser explicados por informação alguma. A grande questão é: Essa auto-ajuda está direcionada a quem? Vide:
ao autor...
à editora...
às livrarias....
às empresas de marketing e busdoor...
aos Bancos, coitados, que ficam incumbidos de cuidar de todo o faturamento relatado acima mais os juros do cartão de crédito do sujeito que comprou o livro...

Viu, caro leitor de livros de auto ajuda, quando você compra um livro desses, ajuda indiretamente um monte de gente que não precisa de tanta ajuda assim...
...
Seria o ato representado pela escultura abaixo




a verdadeira auto-ajuda?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pit bull e outras feras malditas

O Pit-bull é reconhecido como uma fera. Animal malvado, cruel, uma máquina de matar. Os defensores da raça culpam os donos pelo comportamento nada cristão (pigarro). Muito além da falta de visitas à igreja, o pit-bull realmente é um cão bem preparado para encarar situações de combate, mas isso não o transforma num assassino descontrolado. Diversas pessoas muito esclarecidas lutam pela extinção da raça, usando para isso, as várias ocorrências de ataques que preenchem a ficha do pit-bull. Poderia até concordar com esse único argumento, usando o "currículo" invejável de ataques como prova irrefutável e suficiente de sua possessão demoníaca e inclinação à misantropia, e assim, julgar necessária sua imediata expulsão do plano terrestre! Entretanto, que outro animal tem um currículo tão bom?! Nós, seres humanos! Quem é mais cruel, astuto, vil e... hipócrita? Toda a mídia transforma o ataque de um cão em ato cruel e imperdoável, mas, e os atos muito mais cruéis que são cometidos pelos humanos? Somos uma raça merecedora da extinção?! Não responda. Para contrabalançar, observemos este quadro por uma outra perspectiva. Somos quantos humanos no mundo? 6 bilhões? E destruímos o mundo, fato. Dizem por aí que os animais são seres que vivem em total harmonia com o planeta e bla bla bla. E se fossem 6 bilhões de chimpanzés?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Do ócio

Pouquíssimas pessoas sabem aproveitar o ócio como ele é. Ele é um sujeito tranquilo, é quem não nos deixa perder tanto cabelo nem cultivar uma super úlcera ao longo da vida. O ócio não deve ser a inércia da vontade, deve ser vontade manifestada que, aos olhos de outrem, parece inércia. Hoje em dia, é artigo de luxo, algo como um vinho de uma safra espetacular e com envelhecimento perfeito. O sortudo e distinto indivíduo apreciador chega ao local e pede para ser servido um copo de ócio, sem pressa, claro(não há necessidade da sofisticação do vinho, que deve ser servido em taça). Ócio é como a nitroglicerina dos filmes da sessão da tarde, nunca deve ser manuseado com pressa, ou as conseqüências podem ser desastrosas. Uma dessas consequências consiste no lado negro dele, o tédio, que é fruto de pura questão de percepção, questão esta, que pode ser elucidada por qualquer teoria da relatividade, daí, o que resta saber é que é necessária muita disposição para transformar um momento de ócio em um momento de tédio.

sábado, 30 de agosto de 2008

"Comumismo"

Não sou comunista. O mais perto que já cheguei disso foi quando pensei que as pessoas ricas metidas à comunistas poderiam dividir suas riquezas comigo, mas depois ví que fora apenas um rompante de inveja e egoísmo meus, não comunismo...

Já li um trecho ou outro das obras de Marx (Karl, não o Groucho) e devo admitir, é tudo muito legal e até coerente, mas o complicado do comunismo é que ele é uma ótima idéia e cheia de seguidores, seguidores NÃO PRATICANTES...

Outro dia eu estava a ler um texto, que achei na inet, intitulado: "Por uma arte revolucionária independente" com autoria atribuida à André Breton e Leon Trotski e escrito por volta de 1938. Um trecho, que foi baseado no que Marx escreveu certa vez, me agradou bastante, então, resolví colocá-lo aqui. Segue.

"A idéia que o jovem Marx tinha do papel do escritor exige, em nossos dias, uma retomada vigorosa. É claro que essa idéia deve abranger também, no plano artístico e científico, as diversas categorias de produtores e pesquisadores. "O escritor, diz ele, deve naturalmente ganhar dinheiro para poder viver e escrever, mas não deve em nenhum caso viver e escrever para ganhar dinheiro... O escritor não considera de forma alguma seus trabalhos como um meio. Eles são objetivos em si, são tão pouco um meio para si mesmo e para os outros que sacrifica, se necessário, sua própria existência à existência de seus trabalhos... A primeira condição da liberdade de imprensa consiste em não ser um ofício. Mais que nunca é oportuno agora brandir essa declaração contra aqueles que pretendem sujeitar a atividade intelectual a fins exteriores a si mesma e, desprezando todas as determinações históricas que lhe são próprias, dirigir, em função de pretensas razões de Estado, os temas da arte. A livre escolha desses temas e a não-restrição absoluta no que se refere ao campo de sua exploração constituem para o artista um bem que ele tem o direito de reivindicar como inalienável. Em matéria de criação artística, importa essencialmente que a imaginação escape a qualquer coação, não se deixe sob nenhum pretexto impor qualquer figurino. Àqueles que nos pressionarem, hoje ou amanhã, para consentir que a arte seja submetida a uma disciplina que consideramos radicalmente incompatível com seus meios, opomos uma recusa inapelável e nossa vontade deliberada de nos apegarmos à fórmula: toda licença em arte."

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Voto.

Minha crença e simpatia para com a política estão tão em baixa, que, ao ouvir essa palavra, uma conotação ruim logo surge à minha cabeça.

Dois meses para as eleições para prefeito e vereador e eu, como morador do rio de janeiro, estou novamente sem opções de voto, o que me fez pensar numa situação sobre voto, voto nulo e voto comprado...

-Agora:
Pense num cidadão comum.
Pense na lei da oferta e da procura.
Guarde esse raciocínio.

Tem quem ache que votar nulo é exercer a democracia, tem gente que acha que exercer a democracia é nem ser obrigado a votar, e tem aqueles que acham que ao se votar nulo, adota-se uma postura apolítica, fazendo com que o cidadão nulo-votista fique à mercê da vontade(ou falta de opção)alheia.

-Volte ao raciocínio guardado e misture com que foi escrito acima.

Um político sem voto num Estado democrático não é nada, o cidadão comum, ao votar nulo, está valorizando seu voto de maneira que possa fazer com que o preço dele aumente nesse mercado em que, não somente hoje em dia, se compra voto com qualquer coisa...

O cidadão com o poder de voto valorizado pode conseguir vender seu voto por mais que um dentadura ou um prato de comida, e, quem sabe um dia, comprar com seu voto um Estado melhor e mais justo ou um carro popular zero!?

Arquivo-Arte

Uma empresa é como um time de futebol, onde cada jogador tem uma atribuição específica e age de maneiras diferentes em situações diferentes. E, como em todo time de futebol, existem os gloriosos atacantes venerados pelos gols que marcam; os centroavantes que, com habilidade, manejam a bola até o ataque; o meio de campo que age tanto em prol do ataque quanto defesa; a zaga, que ao mesmo tempo em que tenta impedir os ataques inimigos efetua lançamentos para início de ofensiva; e o goleiro, que quando defende um gol não faz mais que sua obrigação, mas quando leva um, é rechaçado pela torcida. O Arquivo, é o goleiro, que, por sua posição, nunca faz pontos (Rogério Ceni não conta) apenas defende para que o time adversário não faça gol. O Arquivo é assim, ele não gera renda, receita ou lucro, quando atende um usuário que busca um documento - que se não for encontrado pode gerar uma multa milionária -, não está fazendo mais do que sua obrigação, e, se por acaso, não consegue atender a uma pesquisa qualquer, fica a um passo de tornar-se a ovelha negra da companhia. O Arquivo de uma instituição é praticamente uma instituição dentro de outra, essa dicotomia setor / instituição gera confusão no meio de campo, como se um jogador fosse também técnico ou dirigente do time, causando estranheza e, às vezes, mal estar. Como um goleiro, o Arquivo pode ter sua importância subestimada, mas todo bom time deveria saber que quando ninguém pode fazer mais nada, só há o goleiro em quem confiar.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Livro: Arquivos Modernos – T. R. Schellenberg


Esse livro, ao lado do “Manual dos Arquivistas Holandeses”, é o velho testamento da arquivologia. Quem já o leu, pode achar que estou desmerecendo o velho testamento (cristão), não me entenda mal, fiz a afirmação apenas a título de comparação por conta da atualidade dos escritos mencionados.
...
Creio que todos concordem que tanto o “Arquivos Modernos” quanto o “Manual dos Arquivistas Holandeses” tenham sido a base da Arquivologia, o problema é quando se encaram esses livros não como ponto de partida no estudo, mas como base e substância quase que completa da teoria arquivística, como pode ser observado nos conteúdos programáticos dos concursos públicos e cursos. Uma outra questão muito importante quanto a essas peças bibliográficas é que, em relação à graduação em arquivologia na UNIRIO, elas são motivo de chacota durante certas aulas, onde os alunos não são estimulados a iniciar a leitura, porém, quando o aluno cai na real e lê, observa que muitos desses professores que fazem chacota possuem um discurso completamente “Schellenberguiano”. O “Manual dos Holandeses”, aparentemente, possui uma aceitação muito maior no meio docente da UNIRIO se comparado ao “Arquivos Modernos”, apesar de ser uns cinqüenta anos mais antigo.
...
A literatura do tipo técnica raramente é de leitura prazerosa ou fácil, “Arquivos Modernos” não foge à regra, sendo monótono, repetitivo e repugnante em alguns momentos, tornando um desafio manter-se atento à leitura ou até mesmo acordado. Creio que a editora, tendo esse fato em vista, pôs uma tarja preta na capa... Infelizmente essa cretina analogia da tarja não funciona bem, pois os "medicamentos tarja preta" são os que causam dependência, não somente sonolência, apesar de associarmos a isso, e, com certeza, “Arquivos Modernos” não causa dependência alguma.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

As rosas não falam... Mas algumas desafinam

Esse "post" bem que poderia ser uma ode ao sambista Cartola, um dos poucos sambistas para quem eu tiro o chapéu - não dizendo que os demais são piores ou menores, pura questão de gosto - mas não é sobre samba e sambistas que eu posto nessa quinta-feira. A rosa que desafina no meu samba é a ponte floyd rose. Muita gente ama essa ponte de guitarra e muita gente odeia, mas a verdade que eu testemunhei é a seguinte: Floyd rose é coisa de rico. Não que a regulagem deva ser sempre feita luthieres (êta plural fajuto) caríssimos, mas floyd barata sai caro... Tenho, como milhares de pessoas, uma guitarra mediana baixa (leia-se: custa nova cerca de 1000 reais) que veio equipada com uma floyd rose que parece bem robusta, e até hoje, após quatro anos de uso, ela se mantém inteira. O barato sai caro porque, apesar da robusta floyd rose, os pivôs que a sustentam são uma bela porcaria e um deles está com uma folga absurda que arrasa com a afinação da guitarra. Pronto. Pesei os prós e contras da floyd rose e decidí que isso não é pra mim pelos seguintes motivos:
- Não sou o Steve Vai nem prentendo ser
- Afinar as oitavas numa ponte floyd rose é nada prático, trabalhoso e irritante
- Não sou sócio do luthier
- etc.
Mas gosto da minha guitarra, acho muito confortável e curto a timbragem que ela possui, daí, tomei uma decisão desesperadamente tosca ou toscamente desesperada: Podei a floyd rose e coloquei uma ponte daquelas de strato. Lugar de rosa é no vaso!

sábado, 26 de julho de 2008

Humpf

Umas músicas que publiquei no Jamendo (estão num post) foram utilizadas num filme independente francês chamado Icare. Tudo bem, grande coisa, não tinham só as minhas músicas... Mas contei à algumas pessoas, pois para mim foi um fato muito legal. Gravei, publiquei e alguém se interessou... Acesso Livre funciona para o que se propõe.
...
Quase todas as pessoas para quem contei fizeram de cara a mesma pergunta:
"Vai ganhar em Euros?"

Bom, quem não me conhece, pode achar que eu espero ganhar algo com música, mas quem me conhece sabe que não espero nem mereço ganhar um centavo com minhas músicas...

Aí vem a motivação desse post: Trabalho x Passatempo.
Se acaso eu tivesse ganhado algum dinheiro por causa das músicas no filme, meu passatempo estaria prestes a se tranformar em trabalho? Se eu começasse a querer sempre ganhar dinheiro com música, acabaria por fazer música pensando nisso...
Não quero transformar meus momentos de prazer musical em trabalho! Isso acaba com a mágica de tudo que gostamos, mesmo que por um lado traga a mágica de ganhar dinheiro, que nunca é demais!..

Há quem sonhe em ter um passatempo remunerado, eu mesmo, às vezes, porém, apenas uma linha muito tênue separa o passatempo remunerado do trabalho (e todas as atribuições inconvenientes que essa palavra traz consigo).

É um perigo transformar coisas que fazemos por prazer num negócio rentável, prostituirmos nossos passatempos é ruim, porque quando se transforma um passatempo em trabalho, qual será nosso passatempo?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Hei! Eu bem que poderia ter ganhado uma passagem pra frança!
Viajar não seria um mau novo passatempo!
He-he

domingo, 13 de julho de 2008

Django Reinhardt

Conheci Django numa noite no rio de janeiro. Eu deveria ter uns 16 anos ou menos e estava sem sono. Liguei a televisão e coloquei num sistema brasileiro de TV, onde passava um filme chamado “Swing Kids”. O legal desses nossos tempos modernos de tecnologias espaciais como televisão e forno de microondas é que os conceitos espaço e tempo acabam deixando de ser empecilho. Claro, tempos atrás eu poderia provavelmente conhecer Django, a partir de um amigo, conhecido, ou seja, não durante a caminhada solitária pela longa estrada de informação – ou desinformação - que a televisão nos proporciona. Retomando o filme, não, não era um filme sobre jovens que praticam "Swing" (troca de casais) com intuito de apimentar a relação ou a competição, ele conta a história de um movimento de jovens alemães na década de 30 que “compraram” o “american and british way of life”, por ouvir Jazz & Swing, contrariando o que o regime totalitário alemão queria para seus jovens, futuros nacionalistas... Um dos personagens, o “Arvid”, interpretado se não me engano, por Frank Whaley, era violonista, além de manco, e adorava Django Reinhardt. As músicas tocadas no filme me despertaram interesse pelo autor e fui à procura de informação extra, que, claro, a internet me proporcionou - com uma certa resistência...tempos de inet discada...
...
Se você, e-leitor, curte música instrumental, violão e as vertentes menos rebuscadas e sincopadas do Jazz, Django é uma boa pedida, suas gravações até que são boas, levando em consideração a data, e seu jeito de tocar é inimitável. Melodias interessantes, swing fora do comum, uma criatividade que só um mestre do improviso poderia demonstrar. Conta-se inclusive que André Segóvia (violonista clássico famosíssimo, acho que foi quem implementou o uso de cordas de nylon nos violões) espantou-se com Django, um mero cigano francês, quando numa apresentação conjunta, percebeu que o francês não utilizava partituras...

Não darei detalhes biograficos acerca do violonista em questão, nem links para músicas em mp3, isso há aos montes pela internet, fica a cargo seu, e-leitor buscar ou não. Mas deixo uma dica: Se ouvir Django, e curtir, existe um violonista mais recente, também francês, de nome Bireli Lagrene, que consegue administrar com maestria o tesouro deixado de herança pelo cigano...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Copiado: Da atividade meio e da atividade fim na instituição homem

A seguir uma breve explanação e radicalização de certos conceitos para facilitar a assimilação do raciocínio acerca das atividades meio e fim na instituição homem.

Atividade fim: Atividade final da instituição, meta.
Ex: Coca-Cola Company, atividade fim - Produzir e vender (para as distribuidoras) Coca-Cola

Atividade meio: Atividades suporte da atividade fim são elas que fazem com que a instituição alcance a finalidade desejada. Ex: Encargos administrativos, judiciários, arquivísticos, etc.

Depois dessa explicação simplificada, vamos à teoria humana* da atividade meio/fim. Não é uma teoria reveladora, tampouco revolucionária, é apenas uma teoria imaginada durante um período de ócio. Todo homem faz diversas coisas, entre "hobbys" e trabalho e estudo, etc. Um homem pode adorar pescar, ou ter aquela banda de garagem que fundou na adolescência e manteve até a segunda idade e meia, pode ter aquele trabalho que o dá fama de "workaholic", enfim, pode ter diversas coisas que dão rumo a sua vida. Mas na verdade, elas apenas parecem dar rumo. São as atividades meio na "instituição homem", gênero masculino.

Explico:


Sujeito Homem1: Adora praticar ciclismo nos finais de semana.
-Por que pratica?
-Para ficar saudável e viver mais fazendo um esporte que gosta!?
-Sim e não! A afirmativa anterior está correta, mas é superficial. A prática de ciclismo se dá, principalmente, para obter melhor condicionamento físico para conquistar mulheres mostrando suas pernas musculosas e também ter melhor desempenho sexual. (Até os médicos conseguirem comprovar que a prática de ciclismo afeta negativamente a próstata)


Sujeito Homem2: Todo final de semana sai para pescar.
-Ah, pescaria é pescaria! Pratica porque gosta, tranqüiliza.
-Sim! E não! Pratica porque gosta, (pode ser porque marido de mulher feia odeia final de semana, feriado, etc.), Porque relaxa, e porque: Relaxando, se concentrando, acaba melhorando seu autocontrole, gerando melhorias significativas em possíveis abordagens em mulheres e de quebra, seu desempenho sexual será melhorado por conta do autocontrole, se é que me entende...


Sujeito Homem3: O trabalhador.
Esse sujeito vive para o trabalho, chega antes de todo mundo e sai depois de todos. Para quê? Para ter dinheiro! (não confundir com o workaholic perdido, aquele que vive para trabalho e só, ele é uma aberração)
-Dinheiro para quê?
-Consumismo e ostentação!
-É, é! Tudo isso e mais um pouco. Há um ditado nada feminista (ou 100%) que diz >Mulher gosta é de dinheiro, quem gosta de p*** é veado< Então, dinheiro e ostentação são para atrair mulheres.
-Ah! E o tempo que passa no trabalho!? Quase 14 h por dia!
-Ora, já viu quantas belas secretárias, estagiárias, etc., estão por aí? Azarar no trabalho não é para qualquer um!


Dessa breve explanação podemos concluir que:
Para o homem, atividade meio é: Trabalho, hobby, etc.
Atividade fim é: S E X O


Para ser um bom católico: Atividade fim é a felicidade e paz com ensinamentos do senhor... Procriarás, rebanho!


*Teoria humana e masculina, por mérito e conhecimento de causa... Não poderia falar de mulheres, pois nem elas sabem o que pensam e se.

Retirado da coleção: "Antologias Impublicáveis - Melhor nunca ser conhecido a cair no esquecimento- Livro do Auto-prejuízo"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Feitiço de áquila

Todos nós, seres trabalhantes, fomos amaldiçoados como naquele filme "O feitiço de áquila". Mas não foi o Bispo que nos amaldiçoou.

Toda vez que saímos para o trabalho, abandonamos tudo que o nós mais amamos para entrarmos no transe empregatício que nos toma o dia todo. Somos como a personagem de M.Pfiffer no filme, que passa o dia como águia somente voltando à forma humana no período da noite. Somos assim no trabalho(ou gostariam que fôssemos), como águias, sempre espreitando a presa com determinação e antecipação -sem distrações-.
Alguns de nós, seres humanos, amam a família, outros literatura e existem até os que gostam dos dois, mas o trabalho está sempre lá, a maldição do cidadão, pronta para, ao raiar do sol (para alguns antes até) nos retirar nossa humanidade -ou, dependendo do raciocínio, nos inundar de nossa humanidade-mundanidade-

Não, não sou absolutamente contra trabalho... Mas odeio jornada de trabalho, é muito tempo numa atividade que é apenas o meio de se viver, não a finalidade...

É isso.

Publicações arquivísticas

Certos professores na UNIRIO vivem a repetir para mim que a "discussão sobre acesso livre é algo já finalizado". Pois bem. A UNIRIO como instituição de ensino de 3º grau bla bla bla que possui cursos de pós graduação e mestrado bla bla bla. ...E "não há mais dúvida de que a comunicação científica só ocorre em ambiente de acesso livre"...

Um bom exemplo de que só a gente só realmente percebe o que é Acesso Livre quando temos um "repositório" na nossa frente é o site da universidade de Marília que disponibiliza algumas dissertações -e poucas teses- para download gratuito... no link abaixo
Universidade de Marília

É, os caras da UNIRIO sacam tudo de acesso livre... Tsc.!

É uma droga, a bibliografia sobre arquivologia já não é muito extensa e certos livros são impossíveis de achar, mesmo que você esteja disposto a comprá-los... Vide meu caso com o livro "A formação do arquivista no Brasil" donde eu quero o capítulo "O ensino de arquivologia e a literatura arquivística" mas não encontro em lugar algum, nem na inet para download tampouco para ser comprado...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Música Clássica, só a música...

Outro dia fui a um concerto de violoncelo e piano que fez parte da Rio Folle Journée (ou Louca Jornada na minha tradução pega emprestada). No Cello o brasileiro Antônio Meneses e no piano o alemão(?) Menahem Pressler, velhote com cara engraçada que de longe parece simpático. Concerto muito bom, lotou a casa, que fica bem na Lapa -reduto de redutos- em pleno sabado a noite. Eu que sou vidrado em violoncelo fui atrás de informações sobre algum album do Antônio e assim me deparei com preços altíssimos. Entretando, para surpresa minha, achei um site onde o Antônio postou um álbum tocando Bach, licenciado sob as Creative Commons: Magnatune . Tá certo que, como podes ver nesse link, que já não é mais possível sequer ouvir as músicas (esse site as comercializa)... Qual será o motivo do não funcionamento somente do link do Antônio Meneses? Será que ele tirou do ar?
Resumindo: Não encontrei nenhum album dele disponível sob Creative Commons -exceto em programas P2P... Mas aí é outra cousa...

domingo, 15 de junho de 2008

Devaneios à parte, acesso livre.

Você não vai mais a biblioteca. Procura livros para download ou os compra pela Internet.
Você não mais escreve um diário. Faz um blog.
Você não tem fotos dentro de uma lata de biscoito ou num álbum. Você as guarda num diretório do seu pc ou publica num blog ou fotolog, e quando tem que formatar o pc por causa de alguma coisa e não possui backups, tudo que você tem é apenas o que está publicado na world wide web.
Se você tem uma curiosidade ou dúvida, não recorre a uma “enciclopédia em vinte volumes” ou dicionários aos montes, “just google it”. Buscando uma informação na Internet, você entra na grande e louca viagem do hipertexto, que vai te levar à uma infinidade de links e assuntos semelhantes que te farão perder o rumo, esquecendo a meta inicial em prol do deslumbramento causada pela infinidade de conexões dessa rede de informação. Devemos lembrar sempre que uma informação dificilmente se sustenta sem outra, e isso é a essência da rede, um aspecto quase sinérgico da informação.

Toda essa bobagem acima fazia, mais ou menos, parte do tema da minha monografia de conclusão de curso, que não passou do pré-projeto, que estava uma porcaria, mas ninguém quis me ajudar a melhorá-la exceto um professor, que não era meu orientador... Bom, isso é passado, nunca acreditei no ambiente acadêmico da UNIRIO e muito menos no ambiente anêmico da Arquivologia...

A Internet está aí disponibilizando todo tipo de coisa boa ou ruim e boa e ruim, isso depende do gosto e da bagagem do individuo, que é o que vai permitir que ele seja o marujo ou o capitão da nau que está a navegar pela inet.


O homem sempre quis armazenar o conhecimento humano num local onde pudesse preservá-lo e disseminá-lo, como a biblioteca de Alexandria ou a “Encyclopedie” de d’Alembert e Diderot. A Internet é a continuação desse sonho. Se as tecnologias de informação já não são o maior problema, sobram os problemas sociais, políticos e de mercado, que afetam a Internet tanto internamente quanto externamente. Quando escrevo problemas sociais posso citar dois agora, sem pensar: Inclusão digital e conhecimento adquirido. Navegar num mar de informação sem ter a bagagem necessária ou correta pode ser um passeio num labirinto de arbustos – você sabe que pode acabar com o passeio quando quiser, basta atravessar os arbustos, isso, porém, não significa concluir o trajeto-. A frase anterior vale tanto para o faladíssimo tema da Inclusão digital –computador para todos, pc do povo, notebook do povo, etc - quanto para a falta d conhecimento adquirido, seja por conta do ensino fraco ou da mentalidade geral de que ser inteligente (ou tentar ser) é escroto. Ta aí o lado bom de não ser mais minha “mono”, posso escrever “escroto”!

Os três problemas que citei acima (sociais, políticos e mercado) não são isolados uns dos outros, são uma reação em cadeia, fatos e mais fatos interligados pó interesses causas e efeitos. Mas isso não vem ao caso.

Se o mercado e a política controlam a Internet e ao mercado não interessa disseminar certos tipos de informação, por ela não interessar ao consumidor, porque a política não quer isso... se continuar, entrarei no círculo vicioso das teorias conspiratórias paranóicas...

A nossa amada world wide web, a cada dia se parece mais com a televisão, com milhares de anúncios e fofocas, movida pela grana da propaganda e a avidez dos consumidores por todo tipo de informação cultural de massa.

...
Tomando o tema do título -Acesso Livre-. Uma das estratégias do acesso livre é a criação de repositórios, onde autores disponibilizam suas obras gratuitamente, e fazem isso muitas vezes com o intuito de terem seus trabalhos copiados e adaptados (na natureza nada se cria, tudo se copia) não só em se tratando de "arte" ou entretenimento, mas tudo. Um texto que um autor disponibilize, quando acessado, pode gerar conhecimento –ato interno de um indivíduo - que será processado e estruturado para se transformar num outro trabalho e assim sucessivamente. Se o conhecimento é partilhado, ele nunca ficará estanque e inerte.

Depois dessa confusa profusão de idéias e devaneios, listo aqui alguns repositórios e periódicos interessantes que achei na Internet nos últimos tempos. A maioria deles não tem um grande aviso indicando que são iniciativas de acesso livre, porém, observando suas características, vale a pena classificá-los aqui como tal.

ALEMPLUS – IBICT
http://www.ibict.br/alemplus/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

Revista Ciência da informação IBICT
http://www.ibict.br/cienciadainformacao/
Fato curioso: Nessa revista, todos os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista ficando sua reimpressão, total ou parcial, sujeita à autorização expressa da direção do IBICT.

DATA GRAMA ZERO – Ciência da Informação
http://www.dgz.org.br/

BAD - Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.
http://www.apbad.pt/

Humberto Mariotti – Professor e coordenador do Centro de Desenvolvimento de Lideranças da Business School São Paulo (BSP). Pesquisador nas áreas de complexidade e pensamento complexo.
http://www.geocities.com/pluriversu/

Texas Digital Library
http://journals.tdl.org/jodi

Assis&t – The information society for the information age
http://www.asis.org/Bulletin/index.html/

Arquivologia o Site
http://www.arquivologiaosite.com.br/
Boa sorte! Eu nunca consegui abrir um link sequer desse site...

Arquivística.Info – Nada mais nada menos que o blog dos caras que criaram a Arquivística.net
http://arquivistica.blogspot.com/
Diário de Arquivistas – Blog português com uns links e matérias interessantes
http://diariodearquivistas.blogspot.com/

AN – Arquivo Nacional
http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
Esse merece um post à parte.

APERJ – Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro
http://www.aperj.rj.gov.br/links.asp
Vale pela seção “links”.

Instituto Gutemberg
http://www.igutenberg.org/
Crítico independente da mídia

In Cógnito – Cadernos Românicos em Ciências Cognitivas
http://www.in-cognito.net/new/cahier/abonnement_po.php

Palazzo – Educação, computação e web
http://palazzo.pro.br/index.htm

Blog do Kuramoto – Membro do IBICT
http://kuramoto.wordpress.com/

Web os science
http://scientific.thomsonreuters.com/pt/produtos/referencia/wos/

Filosofia da Ciência e Filosofia da Técnica
http://www.igeo.ufrj.br/gruporetis/tecnica/modules/content/index.php?id=1

Citando Os Titãs: “A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte...” Algum entretenimento:
Música:
http://www.jamendo.com/en/
http://magnatune.com/

Literatura:
http://www.readbookonline.net/
http://www.online-literature.com/

sábado, 14 de junho de 2008

Autoexplicativo

Das Sociedades Secretas e não

Muito se fala sobre as irmandades de conteúdo secreto como Maçonaria, a Misteriosa e Mítica Ordem de Rosa Cruz, e outras ordens teosóficas ou não. Aqui, leitor, você lerá sobre uma ordem não tão secreta, mas muito mais poderosa e com infinidade de adeptos em todo o Brasil: A Poderosa e Nebulosa Ordem de Souza Cruz. Ela é uma ordem com adeptos assumidos, que não precisam fazer encontros em subsolos nem em sedes próprias, apesar de, atualmente, a opinião pública ser contra os praticantes realizarem suas liturgias em locais públicos, principalmente nos fechados. Ela não é exatamente uma ordem secreta, os adeptos não se escondem nem negam participar, apenas alguns menores de idade, que legalmente não deveriam participar, acabam por esconder dos seus genitores o seu contato com a ordem, apenas seu benefício (sua graça) deve ser mantido em segredo. Toda irmandade que se preze, garante algum tipo de vantagem em relação a não participar. Ou é prometida paz, ou a união da irmandade pelo bem comum, etc. Nessa irmandade, a ideologia é muito mais individualista. Tão individualista a ponto de interferir negativamente nas pessoas que estão próximas do praticante. Mas nada mortal à curto prazo. Os acólitos dessa liturgia recebem uma graça que nenhuma outra irmandade ou sociedade secreta oferece, é um prazer único, que atua psicologicamente e quimicamente no âmago do indivíduo, dando uma sensação de prazer que só quem é praticante pode descrever. Mas nem tudo são flores. A dedicação aos encontros diários, que acabam se tornando mais freqüentes, causa danos irreversíveis à saúde do indivíduo que se doa a essa ordem. Dentre algumas pessoas, e dentre estas, existem as chamadas "usuários”, que encontram a mesma graça dos membros da Ordem de Souza Cruz participando de liturgias marginais, liturgias essas, que não geram a graça da receita e taxação fiscal do governo, que é o bem coletivo que prega essa Ordem.

Indústria da violência

Sem grandes explicações nem teorias sócio-paranóicas, cito abaixo alguns dados que se não comprovam, dão alguma idéia sobre como a violência move a economia, sendo algo, hoje em dia, imprescindível para manutenção dos (agora) grandes setores.
- Seguros em geral (principalmente de bens)
- Shopping Centers: Praticamente não há mais lojas de rua nem cinemas.
- Empresas de segurança: Milhares de empresas de segurança surgiram ou emergiram nos últimos anos.
- Condomínios fechados
- Serviços de blindagem de veículos, alarmes, rastreadores, etc.
- Plataformas de políticos: É um bom tema para plataforma política de ilustríssimos candidatos.

Eu forçando a barra: Por causa da violência em geral...
- Mercado on-line (internet): Compra-se pela Internet e ainda lucram os correios com frete.
- Vida on-line (second Life, etc.): Paga-se provedores, compra-se bons computadores e ainda tem que mantê-los atualizados.
- Milhares de igrejas e seitas: Pessoas querendo proteção divina, que, na maioria das vezes, sai mais barata que um guarda costas ou um seguro para o carro. – Aumento da venda de adesivos de São Jorge :)

O mercado, grosso modo, nada mais é que a relação oferta e procura. Para fugir da violência, os consumidores procuram segurança. No mercado, para atender a essa demanda, surge uma vasta oferta de itens e serviços de segurança. Pela sucinta lista acima deu para perceber quanto dinheiro isso movimenta?

A quem interessa diminuir a violência?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Somente para arquivistas e simpatizantes


Arquivologia e senso de humor?
Arquivologia e (bom) senso de humor combinam tanto quanto feijão preto e creme de leite. Há, porém, no meio acadêmico da unirio, uma tentativa anônima de se fazer uma iguaria tão bizarra quanto um bom feijão com creme de leite! Mesmo que não seja perfeita nem politicamente correta -talvez por isso os seus criadores mantenham-se no anonimato- a publicação " Arquijaz " que circula pelas pessoas que a leêm nos murais do 3º andar do CCH merece destaque, não pelo ineditismo -outrora existira uma publicação semelhante intitulada "O Permanente"-, mas sim pela insistência e falta de pudor ao retratar o arquivista e "seu mundo".
Então fica aí a dica e, claro, o link para o perfil no orkut, que é o repositório das edições.
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6924226175918488491

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Popularidade

A popularidade deste blog está incrível! Todos os acessos foram feitos por mim!
Ao menos eu me tenho lido!

Tsc.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jamendo

Com toda a reviravolta causada desde a criação e popularização do Mp3, divulgar música fica a cada dia mais fácil e menos oneroso. No Brasil existem vários sites que se propõem a divulgar música independente. Porém, se estamos falando de música independente que, de fato, é independente e, em alguns casos, quer se manter assim, uma boa pedida é usar sites que comportam “creative commons”, que grosso modo, é uma “lei” de copyright onde não há “todos os direitos reservados” que tem como meta não cercear o acesso à obra, sim divulgar, mas mantendo alguns direitos (você escolhe quais) do autor sobre a obra. Um ótimo site que este “blogueiro” utiliza e recomenda é o http://www.jamendo.com/en/, que às vezes pode ser irritantemente lento (um upload com meu lerdox 300k é um parto!) mas que possui conteúdo gigantesco, a interface é amigável e você encontra desde músicas em que é perceptível o amadorismo quanto músicas super produzidas e profissionais. Fica aí a dica.

Parte 4 – Boa notícia?

Para o Radiohead sim, para os fãs, não sei. A banda Radiohead deu um pé na gravadora EMI e pôs suas músicas para download pago em seu site, onde o valor a ser pago é decidido pelo comprador. Boa maneira de divulgar e ainda assim levar uns trocados. A “XL Recordings”, gravadora independente (seja lá o que isso signifique), representa o Radiohead, mas não no Brasil, que ficou à cargo da estreante “Flamil”. Tudo muito bom, principalmente para as gravadoras independentes e, creio, o artista, pois o álbum custa no Brasil (em média) a “bagatela” de R$ 39,90!
- E, para o consumidor, o resultado deste embate “artista versus gravadora” foi empate. (??)

Parte 3 – Boa notícia.

Do site: http://musica.uol.com.br/ultnot/efe/2008/01/28/ult1819u1177.jhtm
28/01/2008 - 20h11

Catalina Guerrero Cannes (França), 28 jan (EFE).- Peter Gabriel, escolhido a Personalidade do Ano da edição de 2008 do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem), se juntou à revolução digital do mercado musical com sua plataforma We7.com, lançada no ano passado.

Gabriel, homenageado no evento pelo conjunto de sua obra e como profissional da indústria musical, resolveu embarcar no mercado de downloads gratuitos de música financiados por anúncios publicitários, com o objetivo de frear a pirataria.

Apesar de não ser um "adepto fervoroso" da publicidade, o músico britânico decidiu se render ao fato de que, para os jovens, o modelo pago está ultrapassado e o "preço" da gratuidade da música, em caso de luta contra os downloads ilegais, deve vir do financiamento de direitos autorais por meio de anúncios.

Em discurso em um dos auditórios do Midem e em entrevista coletiva concedida em seguida, Gabriel - um dos criadores da lendária banda Genesis - detalhou as características de seu site, que permite acesso a músicas gratuitas por parte dos internautas, a divulgação de mensagens a publicitários e remuneração a artistas.

"No meu site, quando um internauta fizer um download, verá um anúncio na tela. Entretanto, esse incômodo será temporário, já que desaparecerá depois de até seis semanas, quando finalmente será possível salvar a música sem publicidade", disse.

Para Gabriel, tal fórmula parece ser uma "solução aceitável, a única capaz de garantir a gratuidade" da música ao internauta e de assegurar renda para os artistas.

A plataforma deste apaixonado pela Internet - ajudou a fundar o site On Demand Distribution (OD2) em 2000 - "tem 80 mil títulos disponíveis de artistas como Herbie Hancock, Coolio e outros menos conhecidos, mas não menos apaixonantes", e já teve 1,3 milhão de acessos.

O primeiro a colocar um anúncio publicitário no We7.com foi o cineasta americano Michael Moore, para seu filme "SiCKO", no que foi seguido pela empresa Sony Ericsson, entre outros.

Segundo Gabriel, Moore disse a ele que esse tipo de publicidade é tão eficaz como a veiculada nas salas de cinema.

Os organizadores do Midem destacaram que o músico sempre sustentou seus interesses empresariais na aliança entre música, mídia e tecnologia.

Além do We7.com e do OD2 - que se transformou rapidamente na principal plataforma européia de música online -, Gabriel tem em seu currículo outras duas experiências no mundo dos negócios.

Ele é um dos donos da maior fabricante mundial de consoles para gravação e mixagem de músicas, a Solid State Logic, e do projeto theFilter.com, um sistema de filtragem que permite selecionar automaticamente arquivos de música, filme ou vídeo entre tudo o que há disponível na Internet.

Além disso, criou em 1987 o grupo empresarial Real World, que inclui a Real World Studios, a Real World Records, a Real World Multi Media e a Real World Films.

Gabriel afirmou que "as lojas de discos sempre existirão" e, como prova disso, citou o grupo Radiohead, que pôs seu último álbum, "In Rainbows", primeiramente à disposição dos internautas, tendo em seguida lançado a obra em CD.

Quanto à crítica situação vivida pela gravadora EMI após ter sido comprada por um fundo de investimentos, recomendou ao novo proprietário da empresa, Guy Hands, que trate os artistas com respeito se quiser que eles dêem bons resultados.

Gabriel - que apareceu na cidade francesa de Cannes com uma perna engessada e de muletas - já ganhou diversos prêmios em mais de 40 anos de carreira, entre eles quatro Grammy, mas é conhecido também por outras facetas.

Bastante engajado na defesa dos direitos humanos, foi um dos coordenadores e artistas da turnê "Human Rights Now!" em 1988, em parceria com a Anistia Internacional, e foi um dos criadores em 1992 do WITNESS, projeto que encoraja o uso de vídeos e de material digital para denunciar violações aos direitos humanos.

Por fim, o artista disse que deve lançar um disco em breve, mas que só o fará quando se sentir "preparado".

Parte 2

Muito mais que vender música, um bom artista de “mainstream” deve vender imagem! Para isso deve ter carisma, deve ser bom comunicador ou nada disso, mas agradar às adolescentes! A imagem do artista é sua marca, sua marca dever ser forte, confiável e comercializável, que implica em sempre ter novidades, pois o mercado fonográfico é movido por constantes velhas novidades. Sempre tem que ter um trabalho novo para que esqueçam o antigo e comprem o novo álbum.
O mercado é a sociedade? O mercado é controlado pela lei da oferta e procura e tal. Mas e os consumidores, o povo? É ele próprio que tem vontade, ou sua vontade é influenciada... isso ainda não vem ao caso. Não creio que o nosso auto-regulável mercado esteja sendo destruído pelas mudanças que ocorrem no meio entretenimento/cultural, ele está apenas se regulando, para um novo paradigma de obtenção de lucro com entretenimento.

Musica e Mercado Parte 1

A música, hoje em dia, é mais que arte e ou entretenimento, é um negócio. Você pode investir no mercado de ações, construção civil, abrir uma padaria ou investir em música, tornar-se empresário de algum “artista”. Para isso, deve ser feita como em qualquer negócio, uma extensa análise do mercado no qual irá se inserir seu investimento, qual nicho deseja ou qual parece se encaixar. Música (entretenimento em geral) é um bem de consumo, e como boa sociedade “neocapitalista de livre mercado bla-bla-bla” bem de consumo bom é bem de consumo não durável – eis a música pop, que mais do que estilo musical pop, é o ouvinte pop que vai ditar o período de permanência do produto nas vitrines...- O mercado fonográfico movimenta uma fortuna (hoje em dia nem tanto, mas você não vê o Caetano Velloso andando de Uno Mille ano 96 à caminho de sua casa no engenho de dentro...), toda essa quantidade de dinheiro implica em grandes ganhos para os artistas, ganhos astronômicos para as gravadoras e... Entretenimento caro! Música não mata a fome de ninguém, não melhora o mundo (me chame de descrente), não salva vidas, não passa de entretenimento(!), mesmo sendo o mais universal e mais apreciado por este “blogueiro”.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Viagem - Santa Rita de Jacutinga


Santa Rita de Jacutinga ou simplesmente SRJ, para os econômicos - ah, os econômicos-. Bucólica e alcoolica cidadezinha serrana de Minas Gerais que fica há umas 3 horas do Rio de Janeiro, repleta de cachoeiras -dizem ser 72- botecos e mato. Chega-se lá, partindo do RJ, de duas maneiras (sem ser de carro): Pegando um ônibus para caxambu que sai da rodoviária Novo Rio as 18 ou 19 horas as sextas, que, pasme, só volta no domingo - o mesmo ônibus- ou pegando um até Barra Mansa e outro até SRJ (nesse caso o passeio leva em média 6 horas). É o tipo de cidade pacata, em que qualquer feriado rende. As tardes parecem infinitas no silêncio quebrado apenas pela passagem de esporádicos carros e dos famosos "Vabões" (ônibus que fazem o percurso Barra Mansa x SRJ dentre outros). Cidade para quem curte tranquilidade, natureza "esportes radicais" e... carnaval! Se você cansou de encontrar todos os seus vizinhos em Cabo Frio que ficam com os carros com a mala aberta tocando funk, não quer ficar no RJ e não tem dinheiro, SRJ é o lugar. Com pouco dinheiro e boas companhias um carnaval lá pode sempre virar enredo daquele tipo de conversa nostálgica que todo bom grupo de amigos tem as vezes.

Salve o planeta

Hoje em dia, dentre os muitos modismos "politicamente corretos", um se sobressai: Livrar o planeta do aquecimento global. Tsc. Aqui você não lerá os cinco mandamentos para salvar o mundo, como falar mal do combate matinal “velhinha munida de mangueira d’água versus folha na calçada...” Mas vou te dizer uma ou duas coisas que são produto da novíssima “indústria do esfriamento global”.
1. Carros elétricos. Carros elétricos são fascinantes (ao menos pra mim) e são não poluentes durante o uso. Eles, porém, tem algumas ressalvas...

-Baterias poluem muito no momento de sua produção e tem sua vida útil muito curta uma “vida toda” de um hamster, portanto necessitam de sucessivas trocas.
- O abastecimento gera uma poluição indireta. A energia elétrica nunca é gerada de maneira 100% limpa (não atualmente), algumas hidrelétricas (que causam um puta impacto ambiental com a sua construção) não conseguem manter um país sem carros elétricos com energia (vide apagões), necessitando de ecológicas usinas a gás, óleo, etc. imagine um país como o Brasil com uma imensa frota de carros elétricos plugados nas tomadas...

2. Bio-combustíveis. Lavouras que seriam comida viram alimento de carros. Não, não sigo a teoria Malthusiana nem nada (apesar de ser a favor do controle de natalidade), não acho que o fato de transformar a soja em combustível fará do Brasil um país com mais famintos. Tanto o combustível de origem orgânica quanto o nosso amigo classificado como “Carc. Cat. 2; R45” (substância cancerígena categoria 2) chamado petróleo (que também é de origem orgânica até que se prove o contrário –como tentaram Marcellin Berthelot, Dmitri Mendeleiev e outros)serão queimados resultando carbono... O petróleo é refinado num processo de destilação, que irá resultar em seus subprodutos conforme certas temperaturas. O “combustível verde”, que tem a vantagem de ser renovável, precisa ser plantado, cultivado, protegido com agrotóxicos nocivos, colhido e refinado (acredito que seja de maneira semelhante à do petróleo). O petróleo já está lá, e queima por queima, melhor não queimar comida... Afinal de contas, o problema não é poluir, é poluir demasiado e inutilmente.

Desculpe se cometi algum erro, não entendo bulhufas de combustíveis, política, química, física, e mulheres.
Correções e comentários aceitos e bem vindos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

- Processo Arquivado.

- Processo Arquivado.

E aí acaba mais uma esperança de alcançar um objetivo, seja este fazer justiça ou simplesmente realizar um sonho. Tem inicio com o pé esquerdo o relacionamento do "Arquivista" com a opinião popular que leu a frase colocada no início desse "artigo" (e tanto os conquistadores baratos quanto os anúncios de aparelhos de barbear sabem que a primeira impressão é a que fica). É sempre assim, o processo contra o político corrupto é arquivado e tudo termina em pizza ("terminar em pizza" já é praticamente um jargão da política brasileira), o processo contra o ator "playboy" também é arquivado e lá se vai mais uma chance de se obter o que chamam de justiça. E quem foi o coveiro que jogou a última pá de terra sobre a esperança? O arquivista.

O adjetivo – arquivado – está mais queimado que turista islandês nas praias cariocas. Por causa da conotação dada por esse quase jargão político-advocatício, arquivar não fica parecendo algo bom... Mas veja nos conceitos báááááásicos da arquivologia – arquivar é guardar o “documento” para posteriores consultas – para, a partir dele, se possível, gerar algum tipo de conhecimento. O ato de arquivar também pressupõe garantia de acesso, e, não necessariamente, fim de processo!

E a galera vai ao delírio! Isso significa que esse processo, resultado de um ato (ação) administrativo do Estado, fruto de uma democracia, agora, mais do que nunca, pertence ao povo, e está preservado para a posteridade servindo de prova e sendo acessível à todas as partes e interessados.


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Péssimo nome

Este "blogueiro" que cá vos escreve não sabe escolher nomes... O nome deste blog é péssimo! Impossível fazer uma pesquisa no orkut e não achar milhares de blog e sítios "refratários"... Bom, numa eventual pesquisa por este blog num google da vida, pode-se aprender a cozinhar...não é o máximo?

De acordo com o dicionário Ruth Rocha, refratário é: adj. 1. Que resiste a certas influências. 2. Que suporta temperaturas elevadas sem se alterar . 3. Imune a certas doenças.