sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jamendo

Com toda a reviravolta causada desde a criação e popularização do Mp3, divulgar música fica a cada dia mais fácil e menos oneroso. No Brasil existem vários sites que se propõem a divulgar música independente. Porém, se estamos falando de música independente que, de fato, é independente e, em alguns casos, quer se manter assim, uma boa pedida é usar sites que comportam “creative commons”, que grosso modo, é uma “lei” de copyright onde não há “todos os direitos reservados” que tem como meta não cercear o acesso à obra, sim divulgar, mas mantendo alguns direitos (você escolhe quais) do autor sobre a obra. Um ótimo site que este “blogueiro” utiliza e recomenda é o http://www.jamendo.com/en/, que às vezes pode ser irritantemente lento (um upload com meu lerdox 300k é um parto!) mas que possui conteúdo gigantesco, a interface é amigável e você encontra desde músicas em que é perceptível o amadorismo quanto músicas super produzidas e profissionais. Fica aí a dica.

Parte 4 – Boa notícia?

Para o Radiohead sim, para os fãs, não sei. A banda Radiohead deu um pé na gravadora EMI e pôs suas músicas para download pago em seu site, onde o valor a ser pago é decidido pelo comprador. Boa maneira de divulgar e ainda assim levar uns trocados. A “XL Recordings”, gravadora independente (seja lá o que isso signifique), representa o Radiohead, mas não no Brasil, que ficou à cargo da estreante “Flamil”. Tudo muito bom, principalmente para as gravadoras independentes e, creio, o artista, pois o álbum custa no Brasil (em média) a “bagatela” de R$ 39,90!
- E, para o consumidor, o resultado deste embate “artista versus gravadora” foi empate. (??)

Parte 3 – Boa notícia.

Do site: http://musica.uol.com.br/ultnot/efe/2008/01/28/ult1819u1177.jhtm
28/01/2008 - 20h11

Catalina Guerrero Cannes (França), 28 jan (EFE).- Peter Gabriel, escolhido a Personalidade do Ano da edição de 2008 do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem), se juntou à revolução digital do mercado musical com sua plataforma We7.com, lançada no ano passado.

Gabriel, homenageado no evento pelo conjunto de sua obra e como profissional da indústria musical, resolveu embarcar no mercado de downloads gratuitos de música financiados por anúncios publicitários, com o objetivo de frear a pirataria.

Apesar de não ser um "adepto fervoroso" da publicidade, o músico britânico decidiu se render ao fato de que, para os jovens, o modelo pago está ultrapassado e o "preço" da gratuidade da música, em caso de luta contra os downloads ilegais, deve vir do financiamento de direitos autorais por meio de anúncios.

Em discurso em um dos auditórios do Midem e em entrevista coletiva concedida em seguida, Gabriel - um dos criadores da lendária banda Genesis - detalhou as características de seu site, que permite acesso a músicas gratuitas por parte dos internautas, a divulgação de mensagens a publicitários e remuneração a artistas.

"No meu site, quando um internauta fizer um download, verá um anúncio na tela. Entretanto, esse incômodo será temporário, já que desaparecerá depois de até seis semanas, quando finalmente será possível salvar a música sem publicidade", disse.

Para Gabriel, tal fórmula parece ser uma "solução aceitável, a única capaz de garantir a gratuidade" da música ao internauta e de assegurar renda para os artistas.

A plataforma deste apaixonado pela Internet - ajudou a fundar o site On Demand Distribution (OD2) em 2000 - "tem 80 mil títulos disponíveis de artistas como Herbie Hancock, Coolio e outros menos conhecidos, mas não menos apaixonantes", e já teve 1,3 milhão de acessos.

O primeiro a colocar um anúncio publicitário no We7.com foi o cineasta americano Michael Moore, para seu filme "SiCKO", no que foi seguido pela empresa Sony Ericsson, entre outros.

Segundo Gabriel, Moore disse a ele que esse tipo de publicidade é tão eficaz como a veiculada nas salas de cinema.

Os organizadores do Midem destacaram que o músico sempre sustentou seus interesses empresariais na aliança entre música, mídia e tecnologia.

Além do We7.com e do OD2 - que se transformou rapidamente na principal plataforma européia de música online -, Gabriel tem em seu currículo outras duas experiências no mundo dos negócios.

Ele é um dos donos da maior fabricante mundial de consoles para gravação e mixagem de músicas, a Solid State Logic, e do projeto theFilter.com, um sistema de filtragem que permite selecionar automaticamente arquivos de música, filme ou vídeo entre tudo o que há disponível na Internet.

Além disso, criou em 1987 o grupo empresarial Real World, que inclui a Real World Studios, a Real World Records, a Real World Multi Media e a Real World Films.

Gabriel afirmou que "as lojas de discos sempre existirão" e, como prova disso, citou o grupo Radiohead, que pôs seu último álbum, "In Rainbows", primeiramente à disposição dos internautas, tendo em seguida lançado a obra em CD.

Quanto à crítica situação vivida pela gravadora EMI após ter sido comprada por um fundo de investimentos, recomendou ao novo proprietário da empresa, Guy Hands, que trate os artistas com respeito se quiser que eles dêem bons resultados.

Gabriel - que apareceu na cidade francesa de Cannes com uma perna engessada e de muletas - já ganhou diversos prêmios em mais de 40 anos de carreira, entre eles quatro Grammy, mas é conhecido também por outras facetas.

Bastante engajado na defesa dos direitos humanos, foi um dos coordenadores e artistas da turnê "Human Rights Now!" em 1988, em parceria com a Anistia Internacional, e foi um dos criadores em 1992 do WITNESS, projeto que encoraja o uso de vídeos e de material digital para denunciar violações aos direitos humanos.

Por fim, o artista disse que deve lançar um disco em breve, mas que só o fará quando se sentir "preparado".

Parte 2

Muito mais que vender música, um bom artista de “mainstream” deve vender imagem! Para isso deve ter carisma, deve ser bom comunicador ou nada disso, mas agradar às adolescentes! A imagem do artista é sua marca, sua marca dever ser forte, confiável e comercializável, que implica em sempre ter novidades, pois o mercado fonográfico é movido por constantes velhas novidades. Sempre tem que ter um trabalho novo para que esqueçam o antigo e comprem o novo álbum.
O mercado é a sociedade? O mercado é controlado pela lei da oferta e procura e tal. Mas e os consumidores, o povo? É ele próprio que tem vontade, ou sua vontade é influenciada... isso ainda não vem ao caso. Não creio que o nosso auto-regulável mercado esteja sendo destruído pelas mudanças que ocorrem no meio entretenimento/cultural, ele está apenas se regulando, para um novo paradigma de obtenção de lucro com entretenimento.

Musica e Mercado Parte 1

A música, hoje em dia, é mais que arte e ou entretenimento, é um negócio. Você pode investir no mercado de ações, construção civil, abrir uma padaria ou investir em música, tornar-se empresário de algum “artista”. Para isso, deve ser feita como em qualquer negócio, uma extensa análise do mercado no qual irá se inserir seu investimento, qual nicho deseja ou qual parece se encaixar. Música (entretenimento em geral) é um bem de consumo, e como boa sociedade “neocapitalista de livre mercado bla-bla-bla” bem de consumo bom é bem de consumo não durável – eis a música pop, que mais do que estilo musical pop, é o ouvinte pop que vai ditar o período de permanência do produto nas vitrines...- O mercado fonográfico movimenta uma fortuna (hoje em dia nem tanto, mas você não vê o Caetano Velloso andando de Uno Mille ano 96 à caminho de sua casa no engenho de dentro...), toda essa quantidade de dinheiro implica em grandes ganhos para os artistas, ganhos astronômicos para as gravadoras e... Entretenimento caro! Música não mata a fome de ninguém, não melhora o mundo (me chame de descrente), não salva vidas, não passa de entretenimento(!), mesmo sendo o mais universal e mais apreciado por este “blogueiro”.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Viagem - Santa Rita de Jacutinga


Santa Rita de Jacutinga ou simplesmente SRJ, para os econômicos - ah, os econômicos-. Bucólica e alcoolica cidadezinha serrana de Minas Gerais que fica há umas 3 horas do Rio de Janeiro, repleta de cachoeiras -dizem ser 72- botecos e mato. Chega-se lá, partindo do RJ, de duas maneiras (sem ser de carro): Pegando um ônibus para caxambu que sai da rodoviária Novo Rio as 18 ou 19 horas as sextas, que, pasme, só volta no domingo - o mesmo ônibus- ou pegando um até Barra Mansa e outro até SRJ (nesse caso o passeio leva em média 6 horas). É o tipo de cidade pacata, em que qualquer feriado rende. As tardes parecem infinitas no silêncio quebrado apenas pela passagem de esporádicos carros e dos famosos "Vabões" (ônibus que fazem o percurso Barra Mansa x SRJ dentre outros). Cidade para quem curte tranquilidade, natureza "esportes radicais" e... carnaval! Se você cansou de encontrar todos os seus vizinhos em Cabo Frio que ficam com os carros com a mala aberta tocando funk, não quer ficar no RJ e não tem dinheiro, SRJ é o lugar. Com pouco dinheiro e boas companhias um carnaval lá pode sempre virar enredo daquele tipo de conversa nostálgica que todo bom grupo de amigos tem as vezes.

Salve o planeta

Hoje em dia, dentre os muitos modismos "politicamente corretos", um se sobressai: Livrar o planeta do aquecimento global. Tsc. Aqui você não lerá os cinco mandamentos para salvar o mundo, como falar mal do combate matinal “velhinha munida de mangueira d’água versus folha na calçada...” Mas vou te dizer uma ou duas coisas que são produto da novíssima “indústria do esfriamento global”.
1. Carros elétricos. Carros elétricos são fascinantes (ao menos pra mim) e são não poluentes durante o uso. Eles, porém, tem algumas ressalvas...

-Baterias poluem muito no momento de sua produção e tem sua vida útil muito curta uma “vida toda” de um hamster, portanto necessitam de sucessivas trocas.
- O abastecimento gera uma poluição indireta. A energia elétrica nunca é gerada de maneira 100% limpa (não atualmente), algumas hidrelétricas (que causam um puta impacto ambiental com a sua construção) não conseguem manter um país sem carros elétricos com energia (vide apagões), necessitando de ecológicas usinas a gás, óleo, etc. imagine um país como o Brasil com uma imensa frota de carros elétricos plugados nas tomadas...

2. Bio-combustíveis. Lavouras que seriam comida viram alimento de carros. Não, não sigo a teoria Malthusiana nem nada (apesar de ser a favor do controle de natalidade), não acho que o fato de transformar a soja em combustível fará do Brasil um país com mais famintos. Tanto o combustível de origem orgânica quanto o nosso amigo classificado como “Carc. Cat. 2; R45” (substância cancerígena categoria 2) chamado petróleo (que também é de origem orgânica até que se prove o contrário –como tentaram Marcellin Berthelot, Dmitri Mendeleiev e outros)serão queimados resultando carbono... O petróleo é refinado num processo de destilação, que irá resultar em seus subprodutos conforme certas temperaturas. O “combustível verde”, que tem a vantagem de ser renovável, precisa ser plantado, cultivado, protegido com agrotóxicos nocivos, colhido e refinado (acredito que seja de maneira semelhante à do petróleo). O petróleo já está lá, e queima por queima, melhor não queimar comida... Afinal de contas, o problema não é poluir, é poluir demasiado e inutilmente.

Desculpe se cometi algum erro, não entendo bulhufas de combustíveis, política, química, física, e mulheres.
Correções e comentários aceitos e bem vindos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

- Processo Arquivado.

- Processo Arquivado.

E aí acaba mais uma esperança de alcançar um objetivo, seja este fazer justiça ou simplesmente realizar um sonho. Tem inicio com o pé esquerdo o relacionamento do "Arquivista" com a opinião popular que leu a frase colocada no início desse "artigo" (e tanto os conquistadores baratos quanto os anúncios de aparelhos de barbear sabem que a primeira impressão é a que fica). É sempre assim, o processo contra o político corrupto é arquivado e tudo termina em pizza ("terminar em pizza" já é praticamente um jargão da política brasileira), o processo contra o ator "playboy" também é arquivado e lá se vai mais uma chance de se obter o que chamam de justiça. E quem foi o coveiro que jogou a última pá de terra sobre a esperança? O arquivista.

O adjetivo – arquivado – está mais queimado que turista islandês nas praias cariocas. Por causa da conotação dada por esse quase jargão político-advocatício, arquivar não fica parecendo algo bom... Mas veja nos conceitos báááááásicos da arquivologia – arquivar é guardar o “documento” para posteriores consultas – para, a partir dele, se possível, gerar algum tipo de conhecimento. O ato de arquivar também pressupõe garantia de acesso, e, não necessariamente, fim de processo!

E a galera vai ao delírio! Isso significa que esse processo, resultado de um ato (ação) administrativo do Estado, fruto de uma democracia, agora, mais do que nunca, pertence ao povo, e está preservado para a posteridade servindo de prova e sendo acessível à todas as partes e interessados.


Creative Commons License


Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.

Péssimo nome

Este "blogueiro" que cá vos escreve não sabe escolher nomes... O nome deste blog é péssimo! Impossível fazer uma pesquisa no orkut e não achar milhares de blog e sítios "refratários"... Bom, numa eventual pesquisa por este blog num google da vida, pode-se aprender a cozinhar...não é o máximo?

De acordo com o dicionário Ruth Rocha, refratário é: adj. 1. Que resiste a certas influências. 2. Que suporta temperaturas elevadas sem se alterar . 3. Imune a certas doenças.