domingo, 19 de outubro de 2008

Desabafo: Arquivista e tecnologia

As vezes eu me espanto com aqueles "arquivistas das antigas" que não gostam de softwares de GED, ou que, quando gostam, imprimem todo seu conteúdo e guardam como "ferramenta de busca em caso de pane".

Me espanto ainda mais quando me deparo com a seguinte situação:
Uma instituição tem um arquivo que utiliza um software de GED. Decide-se então muda-lo (vide post anterior para descobrir o motivo). Somada à toda chatice da etapa da migração vem aquela frase do sujeito de TI que está a implantar o novo programa: - Olha, algumas coisas irão mudar.

Quando o pobre arquivista inicia o uso do novo software, descobre que tudo está mais difícil e burocratico, ou seja, tudo mudou para pior.
A empresa toma a decisão, investe uma boa quantia em dinheiro, porque software só é "soft" no nome, implanta um novo programa de gerenciamento digital de documentos, e agrada a... ninguém...

Esses softwares ultra-poderosos vem "montados" em bases oracle ultra pesadas e complexas. Uma tendência, é complicar tudo. Para se alimentar o banco de dados, passa-se a ter infinitas etapas, incluíndo um pacto de sangue com a máquina, fazendo com que um trabalho que antes necessitava de nem meia dúzia de cliques e alguns segundos, ficar demorado e trabalhoso. As ferramentas de busca também tem a tendência de ficaram mais complicadas. As "simple search" ou "busca básica" normalmente tornam-se inúteis e as "advanced search" "busca avançada" "busca filtrada", ficam inundadas de opções dispostas de maneira caótica na tela, onde a funcionalidade foi a última preocupação...

A cada dia eu vejo que ficamos mais oprimidos pela tecnologia e suas constantes novidades.
Quando vão aprender que tecnologia é meio para deixar as coisas mais simples, não um fim?

Tsc

Luddite? Me?

Tsssss

Tropicalização e políticas corporativas

No início da década de noventa, com a abertura do mercado para importações, começaram a desembarcar aqui carros de toda parte do mundo. Esses carros que vinham, por exemplo, da Europa, passavam por um processo chamado de "tropicalização" para poderem rodar aqui (quase) tão bem quanto no país de origem. Essa alteração era (e é) necessária por conta da diferença do combustível, cultura (brasileiro adora "câmbio curto"), estado das vias...

Políticas corporativas.

Não sou contra políticas de trabalho de qualquer tipo, porém... Pense numa grande empresa norte-americana instalada cá em nossa terra. Essa empresa traz consigo toda uma cultura que inclui procedimentos, como códigos de ética e etiqueta em ambiente de trabalho e suas políticas corporativas globais. Essas últimas são o alvo desse post. Para quem não leu nada desse blog, eu sou um arquivista, pior, um estagiário arquivista. Na minha área, procedimentos gerais do tipo: "Em todos os arquivos da empresa em todo o mundo" normalmente causam sérios problemas, pois nenhuma arquivo é igual a outro (citando o "Manual dos Arquivistas Holandeses" -(...) cada arquivo reclama o seu próprio arranjo(...)") e, principalmente, os países possuem leis e culturas muito peculiares.
As políticas corporativas de uma empresa global normalmente partem de sua sede, que, quase com certeza, não é no Brasil. Por serem corporativas, essas políticas não podem ser desprezadas ou desrespeitadas de maneira alguma com risco de penas altas. E, por parca experiência própria, elas não costumam ser alteradas, resultando em belos carros europeus engasgados com nossa gasolina e sofrendo com as irregularidades das vias...

TROPICALIZAÇÃO JÁ!

sábado, 18 de outubro de 2008

Frêmito #2

O segundo da album da minha banda inimaginável.
Tosqueira pura!