domingo, 19 de outubro de 2008

Tropicalização e políticas corporativas

No início da década de noventa, com a abertura do mercado para importações, começaram a desembarcar aqui carros de toda parte do mundo. Esses carros que vinham, por exemplo, da Europa, passavam por um processo chamado de "tropicalização" para poderem rodar aqui (quase) tão bem quanto no país de origem. Essa alteração era (e é) necessária por conta da diferença do combustível, cultura (brasileiro adora "câmbio curto"), estado das vias...

Políticas corporativas.

Não sou contra políticas de trabalho de qualquer tipo, porém... Pense numa grande empresa norte-americana instalada cá em nossa terra. Essa empresa traz consigo toda uma cultura que inclui procedimentos, como códigos de ética e etiqueta em ambiente de trabalho e suas políticas corporativas globais. Essas últimas são o alvo desse post. Para quem não leu nada desse blog, eu sou um arquivista, pior, um estagiário arquivista. Na minha área, procedimentos gerais do tipo: "Em todos os arquivos da empresa em todo o mundo" normalmente causam sérios problemas, pois nenhuma arquivo é igual a outro (citando o "Manual dos Arquivistas Holandeses" -(...) cada arquivo reclama o seu próprio arranjo(...)") e, principalmente, os países possuem leis e culturas muito peculiares.
As políticas corporativas de uma empresa global normalmente partem de sua sede, que, quase com certeza, não é no Brasil. Por serem corporativas, essas políticas não podem ser desprezadas ou desrespeitadas de maneira alguma com risco de penas altas. E, por parca experiência própria, elas não costumam ser alteradas, resultando em belos carros europeus engasgados com nossa gasolina e sofrendo com as irregularidades das vias...

TROPICALIZAÇÃO JÁ!

sábado, 18 de outubro de 2008

Frêmito #2

O segundo da album da minha banda inimaginável.
Tosqueira pura!

  

domingo, 28 de setembro de 2008

Clipe tosco no youtube - Aguente


http://br.youtube.com/watch?v=S2WlMztgKa8















Parabéns, você acabou de perder um minuto e vinte e nove segundos da sua vida!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Etiqueta que não vem em roupa

Nunca liguei muito para etiqueta nas roupas nem à mesa, na realidade, em lugar algum. Sempre pensei que a melhor educação é a descomplicada, direta e sincera, ou seja, errada. Para mim sempre foi secreto o código secreto dos talheres no prato, que dependendo da combinação e posição, podem significar desde a satisfação em comer, uma promessa de casamento ou ameaça terrorista, só para citar alguns. Manobras estéticas com talheres são um perigo semântico.
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Aconteceu outro dia no lugar onde estagio, algo bizarro com relação à normas de etiqueta que me motivou a escrever esse post. Faço estágio numa empresa que tem muitos "gringos" trabalhando e a maioria deles domina muito mal a nossa língua e, principalmente, nossa cultura. Um colega de trabalho foi almoçar na copa, que é numa parte bem acessível do andar, quando passou por ele um dos meus chefes (sou estagiário, só tenho chefes) que é (lusitanicamente falando) estadunidense. Esse colega estava desembrulhando a comida que acabara de chegar, e, por norma de etiqueta, ao ver o gringo passando soltou: "Tá servido?"
O norte-americado, não entendeu muito bem o porquê de alguém estar oferecendo comida, mas foi lá conferir o prato e aceitou!
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Não sabia ele que o primor da educação tupiniquim é oferecer a comida esperando recusa. Esperando não, estando certo disso! Costume estranho e inútil, diga-se de passagem, o azar do cara que trabalha comigo, que teve que explicar, completamente sem jeito, que o certo é negar quando oferecem comida...

Pronto, agora o gringo deve achar que descobriu a causa da fome no brasil! Tsc.
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domingo, 21 de setembro de 2008

Livros de auto ajuda

Caramba! A cada dia eu vejo, seja em "busdoors" ou portas de livrarias, mais e mais livros de auto-ajuda. Tudo bem, estamos na "era da informação", mas bem me parece que estamos na era dos desesperados, que buscam na "dona informação" a resposta para coisas ligadas à aspectos cognitivos da relação a dois ou de qual planeta vêm os homens e as mulheres, sejam estes seres bi ou mono sexuais.
O que é informação não vem exatamente ao caso nesse post, afinal de contas, você deve ter alguma idéia do que vem a ser "informação", mesmo que essa sua definição não seja a "oficial". Já se você não tiver a mínima idéia do que é informação... Bom, isso te fez alguma falta até hoje? Se não fez, é porque você não precisa saber... Isso acontece com um monte de coisas que lemos e aprendemos, depois desaprendemos, como a física da escola, que, quando nós esquecemos, é de forma natural e orgânica, pois o que não usamos cai em esquecimento... Para que ocupar nosso HD com coisas que não precisamos?..
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Não que os livros de auto-ajuda não contenham informação ou que "aspectos cognitivos da relação a dois" não possam ser explicados por informação alguma. A grande questão é: Essa auto-ajuda está direcionada a quem? Vide:
ao autor...
à editora...
às livrarias....
às empresas de marketing e busdoor...
aos Bancos, coitados, que ficam incumbidos de cuidar de todo o faturamento relatado acima mais os juros do cartão de crédito do sujeito que comprou o livro...

Viu, caro leitor de livros de auto ajuda, quando você compra um livro desses, ajuda indiretamente um monte de gente que não precisa de tanta ajuda assim...
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Seria o ato representado pela escultura abaixo




a verdadeira auto-ajuda?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pit bull e outras feras malditas

O Pit-bull é reconhecido como uma fera. Animal malvado, cruel, uma máquina de matar. Os defensores da raça culpam os donos pelo comportamento nada cristão (pigarro). Muito além da falta de visitas à igreja, o pit-bull realmente é um cão bem preparado para encarar situações de combate, mas isso não o transforma num assassino descontrolado. Diversas pessoas muito esclarecidas lutam pela extinção da raça, usando para isso, as várias ocorrências de ataques que preenchem a ficha do pit-bull. Poderia até concordar com esse único argumento, usando o "currículo" invejável de ataques como prova irrefutável e suficiente de sua possessão demoníaca e inclinação à misantropia, e assim, julgar necessária sua imediata expulsão do plano terrestre! Entretanto, que outro animal tem um currículo tão bom?! Nós, seres humanos! Quem é mais cruel, astuto, vil e... hipócrita? Toda a mídia transforma o ataque de um cão em ato cruel e imperdoável, mas, e os atos muito mais cruéis que são cometidos pelos humanos? Somos uma raça merecedora da extinção?! Não responda. Para contrabalançar, observemos este quadro por uma outra perspectiva. Somos quantos humanos no mundo? 6 bilhões? E destruímos o mundo, fato. Dizem por aí que os animais são seres que vivem em total harmonia com o planeta e bla bla bla. E se fossem 6 bilhões de chimpanzés?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Do ócio

Pouquíssimas pessoas sabem aproveitar o ócio como ele é. Ele é um sujeito tranquilo, é quem não nos deixa perder tanto cabelo nem cultivar uma super úlcera ao longo da vida. O ócio não deve ser a inércia da vontade, deve ser vontade manifestada que, aos olhos de outrem, parece inércia. Hoje em dia, é artigo de luxo, algo como um vinho de uma safra espetacular e com envelhecimento perfeito. O sortudo e distinto indivíduo apreciador chega ao local e pede para ser servido um copo de ócio, sem pressa, claro(não há necessidade da sofisticação do vinho, que deve ser servido em taça). Ócio é como a nitroglicerina dos filmes da sessão da tarde, nunca deve ser manuseado com pressa, ou as conseqüências podem ser desastrosas. Uma dessas consequências consiste no lado negro dele, o tédio, que é fruto de pura questão de percepção, questão esta, que pode ser elucidada por qualquer teoria da relatividade, daí, o que resta saber é que é necessária muita disposição para transformar um momento de ócio em um momento de tédio.