domingo, 19 de outubro de 2008

Tropicalização e políticas corporativas

No início da década de noventa, com a abertura do mercado para importações, começaram a desembarcar aqui carros de toda parte do mundo. Esses carros que vinham, por exemplo, da Europa, passavam por um processo chamado de "tropicalização" para poderem rodar aqui (quase) tão bem quanto no país de origem. Essa alteração era (e é) necessária por conta da diferença do combustível, cultura (brasileiro adora "câmbio curto"), estado das vias...

Políticas corporativas.

Não sou contra políticas de trabalho de qualquer tipo, porém... Pense numa grande empresa norte-americana instalada cá em nossa terra. Essa empresa traz consigo toda uma cultura que inclui procedimentos, como códigos de ética e etiqueta em ambiente de trabalho e suas políticas corporativas globais. Essas últimas são o alvo desse post. Para quem não leu nada desse blog, eu sou um arquivista, pior, um estagiário arquivista. Na minha área, procedimentos gerais do tipo: "Em todos os arquivos da empresa em todo o mundo" normalmente causam sérios problemas, pois nenhuma arquivo é igual a outro (citando o "Manual dos Arquivistas Holandeses" -(...) cada arquivo reclama o seu próprio arranjo(...)") e, principalmente, os países possuem leis e culturas muito peculiares.
As políticas corporativas de uma empresa global normalmente partem de sua sede, que, quase com certeza, não é no Brasil. Por serem corporativas, essas políticas não podem ser desprezadas ou desrespeitadas de maneira alguma com risco de penas altas. E, por parca experiência própria, elas não costumam ser alteradas, resultando em belos carros europeus engasgados com nossa gasolina e sofrendo com as irregularidades das vias...

TROPICALIZAÇÃO JÁ!

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