sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Arquivo-Arte

Uma empresa é como um time de futebol, onde cada jogador tem uma atribuição específica e age de maneiras diferentes em situações diferentes. E, como em todo time de futebol, existem os gloriosos atacantes venerados pelos gols que marcam; os centroavantes que, com habilidade, manejam a bola até o ataque; o meio de campo que age tanto em prol do ataque quanto defesa; a zaga, que ao mesmo tempo em que tenta impedir os ataques inimigos efetua lançamentos para início de ofensiva; e o goleiro, que quando defende um gol não faz mais que sua obrigação, mas quando leva um, é rechaçado pela torcida. O Arquivo, é o goleiro, que, por sua posição, nunca faz pontos (Rogério Ceni não conta) apenas defende para que o time adversário não faça gol. O Arquivo é assim, ele não gera renda, receita ou lucro, quando atende um usuário que busca um documento - que se não for encontrado pode gerar uma multa milionária -, não está fazendo mais do que sua obrigação, e, se por acaso, não consegue atender a uma pesquisa qualquer, fica a um passo de tornar-se a ovelha negra da companhia. O Arquivo de uma instituição é praticamente uma instituição dentro de outra, essa dicotomia setor / instituição gera confusão no meio de campo, como se um jogador fosse também técnico ou dirigente do time, causando estranheza e, às vezes, mal estar. Como um goleiro, o Arquivo pode ter sua importância subestimada, mas todo bom time deveria saber que quando ninguém pode fazer mais nada, só há o goleiro em quem confiar.

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