segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Livro: Arquivos Modernos – T. R. Schellenberg


Esse livro, ao lado do “Manual dos Arquivistas Holandeses”, é o velho testamento da arquivologia. Quem já o leu, pode achar que estou desmerecendo o velho testamento (cristão), não me entenda mal, fiz a afirmação apenas a título de comparação por conta da atualidade dos escritos mencionados.
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Creio que todos concordem que tanto o “Arquivos Modernos” quanto o “Manual dos Arquivistas Holandeses” tenham sido a base da Arquivologia, o problema é quando se encaram esses livros não como ponto de partida no estudo, mas como base e substância quase que completa da teoria arquivística, como pode ser observado nos conteúdos programáticos dos concursos públicos e cursos. Uma outra questão muito importante quanto a essas peças bibliográficas é que, em relação à graduação em arquivologia na UNIRIO, elas são motivo de chacota durante certas aulas, onde os alunos não são estimulados a iniciar a leitura, porém, quando o aluno cai na real e lê, observa que muitos desses professores que fazem chacota possuem um discurso completamente “Schellenberguiano”. O “Manual dos Holandeses”, aparentemente, possui uma aceitação muito maior no meio docente da UNIRIO se comparado ao “Arquivos Modernos”, apesar de ser uns cinqüenta anos mais antigo.
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A literatura do tipo técnica raramente é de leitura prazerosa ou fácil, “Arquivos Modernos” não foge à regra, sendo monótono, repetitivo e repugnante em alguns momentos, tornando um desafio manter-se atento à leitura ou até mesmo acordado. Creio que a editora, tendo esse fato em vista, pôs uma tarja preta na capa... Infelizmente essa cretina analogia da tarja não funciona bem, pois os "medicamentos tarja preta" são os que causam dependência, não somente sonolência, apesar de associarmos a isso, e, com certeza, “Arquivos Modernos” não causa dependência alguma.

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